Nascido em Ribeirão Preto (SP), Renato Ortiz formou-se em sociologia pela Universidade de paris VIII; É doutor em sociologia e antropologia pela École des Haute, Etudes en Sciences Sociales (paris). Estudou também na Escola politécnica (USP) entre 1966 e 1969. Ortiz é um antropólogo bastante respeitado no exterior, tem uma enorme bibliografia entre livros e artigos. Atualmente é pesquisador e docente no departamento de sociologia da PUCCAMP, Campinas.
Uma de suas obras, inclusive, bastante polêmica é o livro Mundialização e Cultura, polêmico no que desrespeito a temática abordada, uma vez que, tratar dos processos globais na nossa sociedade vem se tornando cada vez mais complexo, por conta do disparado avanço tecnológico e outros processos que vem evoluindo de maneira demasiada.
Inicialmente o autor aborda a questão da globalização; “a existência de processos globais que transcendem os grupos, as classes sociais e as nações.” Segundo Ortiz, os sinais da sociedade global, dessa “nova sociedade”, vem se mostrando e ganhando forças, especialmente na política, na mídia e na economia.
Algumas questões interessantes, tratadas no primeiro capítulo, é justamente a importância da tecnologia moderna na vida do homem, já que essa tecnologia vem evoluindo dia após dia e, de certa forma, vem alcançando todas as camadas sociais. ‘A modernidade-mundo, se expande e se consolida em nível planetário.’
Em relação aos escritos que existem dos governos e dos administradores de multinacionais, ele defende a idéia de que o interesse das multinacionais é defender os lucros no mercado que se globalizou. “Aos governos importa defender os interesses de seus países competidores na arena geopolítica”. O autor critica o uso de metáforas utilizadas por outros teóricos que usam no intuito de descrever as transformações deste final de século. Como por exemplo: Alexander King está relacionado a primeira revolução mundial, Adam Shaff: Sociedade informática, Marshal McLuhan: Aldeia global, dentre outras.
Aldeia global é um termo muito usado por Renato Ortiz, para enfatizar a importância desses novos processos tecnológicos, mas, segundo ele, ”O mundo dificilmente seria entendido como uma aldeia global.” “A globalização é um fenômeno emergente, um processo ainda em construção”.
O autor vai está abordando ainda a evolução da humanidade por conta de todas essas transformações causadas pelos avanços tecnológicos, é como se fosse uma espécie de “nova ordem mundial”.
Ele ainda estabelece uma distinção quando se trata de globalização e internacionalização (esses termos não são sinônimos). A internacionalização não é considerada um fenômeno novo, mas conceitua-se a partir do aumento da extensão geográfica das atividades econômicas através das fronteiras nacionais, já a globalização é vista como algo mais avançado em relação a internacionalização. Observa-se então uma estratégia mundial, voltada especialmente para o mercado mundial, através da produção, distribuição e consumo de bens e de serviços.
O termo mundialização surgiu na segunda metade do século XX, envolvendo o domínio específico da cultura; tratando ainda de economia, política e outros processos que apresentam-se inter-relacionados. A partir disso, a noção de uma cultura mundializada “corresponde a mudanças de ordem estrutural; Essas transformações constituem a base material sobre a qual se sustenta sua contemporaneidade.”
As inúmeras transformações ocorridas com o processo de globalização desencadeiam uma série de processos existentes, cada um com sua íntima especificidade. Essas transformações, obviamente, influenciam a vida dos indivíduos, daqueles que partilham da idéia e até mesmo daqueles que não concordam. A desterritorializaçao, por exemplo, é um desses processos, e é caracterizada por Ortiz como um espaço que é inicialmente deslocalizado mas, racionalmente um espaço impossível de ser não-localizado, então esse mesmo espaço é preenchido com elementos que sejam comuns a todos os indivíduos que cheguem a este local, tornando assim, objetos mundializados.
Quando o autor se refere aos países de terceiro mundo relacionados ao desenvolvimento global, sublinha-se então a idéia de selvagens, mas verdadeiros.
A sociedade de consumo também é discutida pelo autor, e é considerada uma expressão nova, da contemporaneidade, porém essa sociedade consumista já existe, desde quando se criou a idéia, principalmente de mercado, mas também de estado e desenvolvimento.
Ortiz ainda caracteriza a Americanização como um processo onde os hábitos e produção cultural são difundidos em escala mundial. Com o desenvolvimento da globalização, a redução de fronteiras e a velocidade da troca das informações foram mecanismos utilizados pelos investidores americanos, para difundir suas mercadorias para o resto do mundo; Inserindo nesse mercado de consumo a sua ideologia e o seu American Way of life. A exemplo disso, a empresa de fast-food, Mac donalds, que hoje é mundialmente conhecida, ganhou proporção, atendendo as necessidades da modernidade: comida rápida e barata.
Todos os conceitos citados pelo autor servem apenas para reforçar a idéia central do livro; A idéia de que estamos inseridos num processo de globalização, de cultura, de hábitos e costumes, onde a tecnologia invade “agressivamente” a vida de cada um. É, de certa forma, um processo inevitável. E esse sistema global já está em emergência.
terça-feira, 31 de agosto de 2010
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Determinação, experimente!
“Não beba o primeiro gole”, essa foi a frase repetida diversas vezes por um senhor de 79 anos que carrega lembranças cruéis de um passado tortuoso.
Valter evangelista é ex-depente do álcool, ex-fumante e hoje serve de exemplo para jovens que vivem em meio as drogas. Segundo ele, o vício foi adquirido por influência de colegas e amigos em Salvador, onde morou grande parte de sua vida. A bebedeira acontecia especialmente na época do carnaval e em festas juninas.
Foi graças ao ingresso na associação dos alcoólicos anônimos que seu Valter ganhou forças para abandonar o vício; conseguindo então a verdadeira e total liberdade, uma vez que a vida de um dependente sempre foi sinônimo de medo, incerteza e angustia, não somente por parte da vítima mas, principalmente pelos familiares.
A associação dos alcoólicos anônimos serviu para seu Valter e serve hoje para conscientizar as pessoas das possíveis conseqüências que as drogas, de modo geral, podem causar.
Fotógrafo e pai de três filhos, Valter hoje é coordenador do grupo nova esperança, na cidade de Cachoeira, localizada na Rua Manoel Barros, S/N. A instituição existe a mais de vinte anos e conta hoje com doze associados lutando, mesmo com toda dificuldade, por mudança e por uma melhoria de vida.
Valter evangelista é ex-depente do álcool, ex-fumante e hoje serve de exemplo para jovens que vivem em meio as drogas. Segundo ele, o vício foi adquirido por influência de colegas e amigos em Salvador, onde morou grande parte de sua vida. A bebedeira acontecia especialmente na época do carnaval e em festas juninas.
Foi graças ao ingresso na associação dos alcoólicos anônimos que seu Valter ganhou forças para abandonar o vício; conseguindo então a verdadeira e total liberdade, uma vez que a vida de um dependente sempre foi sinônimo de medo, incerteza e angustia, não somente por parte da vítima mas, principalmente pelos familiares.
A associação dos alcoólicos anônimos serviu para seu Valter e serve hoje para conscientizar as pessoas das possíveis conseqüências que as drogas, de modo geral, podem causar.
Fotógrafo e pai de três filhos, Valter hoje é coordenador do grupo nova esperança, na cidade de Cachoeira, localizada na Rua Manoel Barros, S/N. A instituição existe a mais de vinte anos e conta hoje com doze associados lutando, mesmo com toda dificuldade, por mudança e por uma melhoria de vida.
Santa Casa de Misericórdia não tão santa assim
Rosto pálido, olhos amarelos e um semblante totalmente abatido é a condição em que seu Valnei Sampaio, 49, se encontra. Dona Maria Aparecida, 67, sofre de insistentes dores de cabeça e a pressão oscilando a todo instante. Num intervalo de exatamente meia hora o número de pessoas que chegou precisando de atendimento emergencial foi grande e aquele cenário então ficava cada vez mais doente e tortuoso. Estava ali um grupo de pessoas preocupadas, em busca de atendimento, medicamentos, em busca de saúde.
O socorro era deficiente, dispondo apenas de um médico plantonista e poucos enfermeiros ou técnicos; e mesmo com alguns desses problemas, parentes de enfermos que estavam na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira aguardavam com paciência uma resposta para o atendimento. Enquanto aguardávamos, por duas horas, a chegada do diretor-médico do hospital, que havia marcado horário para entrevista e não apareceu, observamos e descobrimos esse cenário na recepção do hospital. “Não tem nem leito, nem médico para atender todo mundo. A gente aqui faz o que pode, o essencial. Não temos nem UTI”, responde Jormília Santana, chefe do setor pessoal, ao ser questionada sobre a situação da Santa Casa.
Jormília ainda faz uma observação referente à reforma do hospital: as obras já foram inicializadas para melhor atendimento da população, mas não vai haver ampliação.
Seu Antônio de Jesus, 63, veio de São João do Iguape e espera, com sono e fome, a hora marcada, o momento da cirurgia da hérnia. Ele comenta que, por falta de um hospital em sua cidade seu acompanhamento médico acontece em Cachoeira. Satisfeito, seu Antônio diz ser bem tratado, queixando-se apenas da falta de compromisso com os horários, por parte dos médicos.
Cidalva dos Santos, acompanhante de um paciente, ao ser questionada sobre o que achava do atendimento da Santa Casa, respondeu: “É péssimo. Péssimo, sim, demoram para atender a gente, não tem médico suficiente, tem amigos meus que reclamam que vêm aqui e são mal tratados”.
Procuramos o vice-diretor do hospital para falar da situação pouco razoável da instituição. Clodomir Soares, que há 35 anos trabalha na Santa Casa de Misericórdia diz que eles fazem o possível para mantê-la e abastecê-la com o que o SUS manda de dinheiro. Além disso, perguntamos sobre a relação com o hospital de São Félix, sendo que algumas pessoas reclamavam que habitantes de Cachoeira não eram atendidos na cidade vizinha. “A verdade é que as verbas pro hospital de São Félix são pra atender quem mora em São Félix, e o dinheiro que chega aqui é pro pessoal daqui. Tem também uma certa rincha (risos) entre as prefeituras, né? Tudo aqui é política. De que forma? Vou dizer: aqui eu reino, mas não governo. A Santa Casa está devendo INSS, luz, telefone... entende?”, declara Clodomir.
* Matéria elaborada com a participacão de Jana Cambuí
O socorro era deficiente, dispondo apenas de um médico plantonista e poucos enfermeiros ou técnicos; e mesmo com alguns desses problemas, parentes de enfermos que estavam na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira aguardavam com paciência uma resposta para o atendimento. Enquanto aguardávamos, por duas horas, a chegada do diretor-médico do hospital, que havia marcado horário para entrevista e não apareceu, observamos e descobrimos esse cenário na recepção do hospital. “Não tem nem leito, nem médico para atender todo mundo. A gente aqui faz o que pode, o essencial. Não temos nem UTI”, responde Jormília Santana, chefe do setor pessoal, ao ser questionada sobre a situação da Santa Casa.
Jormília ainda faz uma observação referente à reforma do hospital: as obras já foram inicializadas para melhor atendimento da população, mas não vai haver ampliação.
Seu Antônio de Jesus, 63, veio de São João do Iguape e espera, com sono e fome, a hora marcada, o momento da cirurgia da hérnia. Ele comenta que, por falta de um hospital em sua cidade seu acompanhamento médico acontece em Cachoeira. Satisfeito, seu Antônio diz ser bem tratado, queixando-se apenas da falta de compromisso com os horários, por parte dos médicos.
Cidalva dos Santos, acompanhante de um paciente, ao ser questionada sobre o que achava do atendimento da Santa Casa, respondeu: “É péssimo. Péssimo, sim, demoram para atender a gente, não tem médico suficiente, tem amigos meus que reclamam que vêm aqui e são mal tratados”.
Procuramos o vice-diretor do hospital para falar da situação pouco razoável da instituição. Clodomir Soares, que há 35 anos trabalha na Santa Casa de Misericórdia diz que eles fazem o possível para mantê-la e abastecê-la com o que o SUS manda de dinheiro. Além disso, perguntamos sobre a relação com o hospital de São Félix, sendo que algumas pessoas reclamavam que habitantes de Cachoeira não eram atendidos na cidade vizinha. “A verdade é que as verbas pro hospital de São Félix são pra atender quem mora em São Félix, e o dinheiro que chega aqui é pro pessoal daqui. Tem também uma certa rincha (risos) entre as prefeituras, né? Tudo aqui é política. De que forma? Vou dizer: aqui eu reino, mas não governo. A Santa Casa está devendo INSS, luz, telefone... entende?”, declara Clodomir.
* Matéria elaborada com a participacão de Jana Cambuí
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
UMA REALIDADE TÃO, TÃO DISTANTE.
A cidade de Cachoeira, no Recôncavo Baiano, abriga o campus de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), situado no Quarteirão Leite Alves. Criada em 2006, a instituição recebe alunos e professores de diferentes cidades e estados do Brasil. Mas, para muitos estudantes e pré-vestibulandos da cidade, ela ainda é uma realidade muito distante.
Alguns alunos, especialmente do curso de história, se dispõem a ensinar como voluntários no cursinho pré-vestibular. Eles acreditam que é um bom trabalho e que serve de aprendizado para sua vida profissional, além de estarem interagindo com a população cachoeirana; A intenção corresponde à opinião de Felipe Nascimento, 19, estudante da rede pública de ensino, para quem a UFRB precisa interagir com a comunidade, para que os pré-vestibulandos se envolvam diretamente, de forma que aumentem suas expectativas de ingressar na universidade. É fato que existem poucos estudantes cachoeiranos dentro da universidade, e isto aumenta ainda mais a preocupação dos que ainda não ingressaram.
Felipe, apesar de ainda estar na segunda série do ensino médio, sente-se preparado para um vestibular. Segundo ele, "O colégio ajuda a gente da maneira que pode, mas eu acho que quem faz o colégio é o aluno. Essa história de que escola pública não prepara é pura mentira!". Gleysiane Sampaio, 20, já concluiu o ensino médio e faz curso pré-vestibular. Ela chama a atenção, durante a entrevista, para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) que após algumas mudanças tornou-se alegria para uns, tristeza para outros. Tristeza para Gleysiane, que comenta: "A prova do ENEM é desumana, é grande, é chata, ficou... assim... cansativa!" Felicidade para Jaqueline, 21, que sonha em fazer comunicação social, apesar de ainda não ter concluído o ensino médio. Ela fala de maneira positiva quando se refere ao ENEM, e acredita ter mais chances agora com algumas inovações impostas pelo governo federal. Os objetivos principais dessas inovações são justamente democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio. Agora, a prova servirá também como uma certificação de conclusão do ensino médio, o que é uma grande oportunidade para quem ainda não o terminou. Isto desde que, na data de realização da prova, o candidato tenha 18 anos.
É notória a inquietação de muitos estudantes quando o assunto é preparação para o vestibular. Eles preferiam escolher um curso e poder entrar, sem necessariamente uma prova que irá julgar seu desempenho excluindo, portanto, os que de certa forma não obtiverem sucesso.
MONALISA LEAL MELO
Alguns alunos, especialmente do curso de história, se dispõem a ensinar como voluntários no cursinho pré-vestibular. Eles acreditam que é um bom trabalho e que serve de aprendizado para sua vida profissional, além de estarem interagindo com a população cachoeirana; A intenção corresponde à opinião de Felipe Nascimento, 19, estudante da rede pública de ensino, para quem a UFRB precisa interagir com a comunidade, para que os pré-vestibulandos se envolvam diretamente, de forma que aumentem suas expectativas de ingressar na universidade. É fato que existem poucos estudantes cachoeiranos dentro da universidade, e isto aumenta ainda mais a preocupação dos que ainda não ingressaram.
Felipe, apesar de ainda estar na segunda série do ensino médio, sente-se preparado para um vestibular. Segundo ele, "O colégio ajuda a gente da maneira que pode, mas eu acho que quem faz o colégio é o aluno. Essa história de que escola pública não prepara é pura mentira!". Gleysiane Sampaio, 20, já concluiu o ensino médio e faz curso pré-vestibular. Ela chama a atenção, durante a entrevista, para o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) que após algumas mudanças tornou-se alegria para uns, tristeza para outros. Tristeza para Gleysiane, que comenta: "A prova do ENEM é desumana, é grande, é chata, ficou... assim... cansativa!" Felicidade para Jaqueline, 21, que sonha em fazer comunicação social, apesar de ainda não ter concluído o ensino médio. Ela fala de maneira positiva quando se refere ao ENEM, e acredita ter mais chances agora com algumas inovações impostas pelo governo federal. Os objetivos principais dessas inovações são justamente democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio. Agora, a prova servirá também como uma certificação de conclusão do ensino médio, o que é uma grande oportunidade para quem ainda não o terminou. Isto desde que, na data de realização da prova, o candidato tenha 18 anos.
É notória a inquietação de muitos estudantes quando o assunto é preparação para o vestibular. Eles preferiam escolher um curso e poder entrar, sem necessariamente uma prova que irá julgar seu desempenho excluindo, portanto, os que de certa forma não obtiverem sucesso.
MONALISA LEAL MELO
Cinema do mundo
Era uma espécie de rato branco e ao mesmo tempo um cachorro de focinho enorme. Do outro lado eu já enxergava um dragão que também se parecia com um cachorro, mas agora de focinho pequeno e pontudo.
São tantos signos e códigos para decifrar desse telão azul e branco que já se passaram algumas horas dessa viagem e eu até já criei uma novela com o que vejo nesse infinito e estranho outdoor, agora, azul, branco e avermelhado.
Um imenso gorila parte de trás da montanha e me acompanha por alguns instantes, mas ele está se desfazendo, e... Agora são flores, são flores! Umas com pétalas brancas, outras alaranjadas, por causa do vermelho que já comentei aí em cima.
A impressão que eu tenho é que as flores criaram asas e sumiram, ou melhor, subiram e transformaram-se em pássaros, que de tão reais consigo ouvi-los, seus cantos são os melhores, e fez com que eu me tranqüilizasse, com o agudo da andorinha e o grave do passo-preto . É as nuvens são assim, vão se transformando lentamente, às vezes elas se encontram e somente às vezes consigo traduzi-las como nuvens, porque o mais comum são suas diversas formas e aparências, nas quais o meu imaginário tornou-se refém.
Parece cedo... Eis que surge a personagem principal dessa minha novela, a protagonista. Ela se mostra grande e alva, ora me faz companhia, ora se esconde, sem perder o brilho, sem perder a ternura, completando meu luau, ao som de pássaros e animais, que caminham rapidamente entre as folhagens. O nome dessa tela cheia, desse world´s cinema é céu, nele a tela é infinita e o filme também não tem final.
MONALISA LEAL MELO
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