terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Cinema do mundo
Era uma espécie de rato branco e ao mesmo tempo um cachorro de focinho enorme. Do outro lado eu já enxergava um dragão que também se parecia com um cachorro, mas agora de focinho pequeno e pontudo.
São tantos signos e códigos para decifrar desse telão azul e branco que já se passaram algumas horas dessa viagem e eu até já criei uma novela com o que vejo nesse infinito e estranho outdoor, agora, azul, branco e avermelhado.
Um imenso gorila parte de trás da montanha e me acompanha por alguns instantes, mas ele está se desfazendo, e... Agora são flores, são flores! Umas com pétalas brancas, outras alaranjadas, por causa do vermelho que já comentei aí em cima.
A impressão que eu tenho é que as flores criaram asas e sumiram, ou melhor, subiram e transformaram-se em pássaros, que de tão reais consigo ouvi-los, seus cantos são os melhores, e fez com que eu me tranqüilizasse, com o agudo da andorinha e o grave do passo-preto . É as nuvens são assim, vão se transformando lentamente, às vezes elas se encontram e somente às vezes consigo traduzi-las como nuvens, porque o mais comum são suas diversas formas e aparências, nas quais o meu imaginário tornou-se refém.
Parece cedo... Eis que surge a personagem principal dessa minha novela, a protagonista. Ela se mostra grande e alva, ora me faz companhia, ora se esconde, sem perder o brilho, sem perder a ternura, completando meu luau, ao som de pássaros e animais, que caminham rapidamente entre as folhagens. O nome dessa tela cheia, desse world´s cinema é céu, nele a tela é infinita e o filme também não tem final.
MONALISA LEAL MELO
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